sábado, maio 19, 2007

Salvemos a próxima geração

Depois de me acusarem de "atacar" o Papa no último post, aqui vai a pedrada na minha própria janela.
Abs a todos
Leiam com carinho

Reflexão — Ricardo Gondim

Salvemos a próxima geração

Preocupo-me com os futuros pastores. Quase diariamente recebo pedidos de socorro de seminaristas já confusos antes de começarem suas atividades ministeriais. Não conseguem se encaixar nos modelos mais populares de serviço cristão, não sabem quais sendas trilharão.O contexto oferece poucas opções ao jovem pastor. Caso pertença a uma grande denominação, pode ambicionar as estruturas de poder. Sabendo manter-se politicamente correto, conquistará estabilidade financeira. Se for de uma denominação pequena, se lançará numa feira livre religiosa.

O mercado religioso é inclemente; nele impera a máxima “quem não tem competência não se estabelece”. Sem o amparo de uma grande denominação, terá de fazer sua igreja acontecer valendo-se de carisma e empreendedorismo. Lamentavelmente, muitos sucumbem, partindo para a manipulação inescrupulosa do sagrado; outros se concentram em estratégias de marketing, e há os que importam modelos de igrejas estrangeiras bem-sucedidas.Cabe aos seminários o desafio de nortear futuros pastores; reitores e professores precisam questionar seus modelos; e mais: discutir os propósitos do ensino e saber se respondem aos desafios da seara.Atrevo-me a oferecer algumas recomendações aos docentes que formam novos ministros.Aconselho que alguns livros passem a ser obrigatórios. Quem lê romance capta, mesmo em narrativas fictícias, a imensidão humana. Para se inteirar da cultura brasileira, todo aluno deveria ler O Quinze, de Rachel de Queiroz, e Fogo Morto, de José Lins do Rego; para conhecer as raízes da pátria, recomendo O Cortiço, de Aluísio de Azevedo. Todos colariam grau apreciando Machado de Assis e seu “Eclesiastes”: Memórias Póstumas de Brás Cubas.As grades curriculares deveriam incluir poesia.

Cada seminarista aprenderia a esboçar alguns poemas, para não se contentar em apregoar a verdade, mas enaltecê-la com graça. Um poeta não se satisfaz em ser coerente; quer dar ritmo e formosura à sua fala. O pastor não deve buscar incutir em suas ovelhas apenas valores morais, intelectuais e espirituais. Ele deve suscitar admiração e espanto diante da majestade divina. Sugiro que os professores omitam o nome dos grandes poetas. Sem preconceitos, seus estudantes aprenderiam a gostar de Fernando Pessoa, Carlos Drummond de Andrade, Vinicius de Moraes, Adélia Prado e outros.Aconselho o retorno da meditação bíblica, de aulas em que se leriam as Escrituras em silêncio. Aulas com o objetivo de inocular nos alunos o amor pela Palavra sem terem de tirar verdades práticas para um próximo sermão. Eles descobririam a riqueza de aquietar a alma e ouvir a inaudível bruma com a voz do Espírito Santo.


Os professores incentivariam que suas classes se familiarizassem com os pais do deserto. Aconteceria uma revolução, pois teríamos preces menos utilitárias e jejuns sem tentar coagir a Deus.Sugiro que os seminaristas façam estágio em três instituições: Hospital Infantil do Câncer, Associação de Paralisia Cerebral do Brasil e Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais. A única exigência seria que não se envolvessem com burocracias, mas estivessem em contato com as crianças. Depois, os professores pediriam uma monografia sobre cura divina. Há pouco, ouvi um pastor prometer que todos seriam curados de suas doenças. Abismei-me com sua inconseqüência. Ele provavelmente nunca conviveu com pais que lutam com deficiências genéticas.Outra idéia, é que se exija dos alunos não viverem em países do Primeiro Mundo sem antes morarem, por pelo menos dois anos, em regiões de extrema pobreza. Sugiro que se mudem para comunidades ribeirinhas do Amazonas, Sertão Nordestino ou favelas de alguma metrópole. Se alguém se sentisse vocacionado para missões transculturais, antes se obrigaria a morar em um país africano, trabalhando em alguma clínica pública para aidéticos ou num campo de refugiados de guerra. Acredito que essa medida estancaria o enorme fluxo dos que desejam emigrar para países mais abastados alegando um chamado divino.


O cristianismo não precisa advogar tanto a ortodoxia. O mundo já não se interessa pela defesa de verdades, quaisquer que sejam elas. Existe um fastio quanto a dogmatismos — ideológicos ou religiosos. O anseio é por coerência entre discurso e vida.Importa que líderes cristãos encarnem sua humanidade. Em um mundo sem ternura, precisam-se de homens solidários. Numa época em que a vida perdeu seu valor, necessitam-se de pastores que amem a justiça. Jesus nunca almejou fundar uma igreja liderada por técnicos desprovidos de alma. Ele jamais vislumbrou seu corpo resumido a auditórios lotados, e jamais aceitaria discípulos parecidos com aqueles que conspiraram sua morte.Os seminários não podem resignar-se a gerar profissionais da religião, mas servos que vivam a fé de maneira íntegra, solidária e justa. Se quisermos salvar a próxima geração de pastores, uma nova reforma precisa acontecer imediatamente. E que comece pelos seminários.


Soli Deo Gloria.

Ricardo Gondim é pastor da Assembléia de Deus Betesda no Brasil e mora em São Paulo. É autor de, entre outros, Orgulho de Ser Evangélico – por que continuar na igreja e Artesãos de Uma Nova História. <www.ricardogondim.com.br>

quarta-feira, maio 16, 2007

Esqueceram a pílula

Publicado no http://politicaecia.nominimo.com.br/?p=525

Brasil, século 21, ano de 2007. Explode a polêmica. Adolescentes podem se beijar sem namorar? “Ficar” é moralmente defensável? E o sexo antes do casamento: seria o princípio do fim da família? E a mídia, com sua insistência em desrespeitar a castidade? Terá a sociedade moderna chegado ao fundo do poço?
Repetindo: estamos no Brasil do século 21, ano de 2007 – embora as polêmicas levantadas pela visita do papa Bento 16 estejam a ponto de negar a própria passagem do tempo. Aliás, por que não discutir o maiô de duas peças e a pílula anticoncepcional? A hora é essa.
Os dogmas do catolicismo estão aí como sempre estiveram, e sempre estarão. O que espanta é a sociedade moderna entrar espontaneamente nesse túnel do tempo. Se fosse uma reviravolta da fé, ou mesmo um recrudescimento moralista, tudo bem. O chato é constatar que tudo não passa de futilidade espetacular, mero desejo de viver o “show do papa”.

Cruel ironia. A mídia que Bento 16 critica é a mesma que o mantém vivo como líder político. A mística que hoje cerca o papa é acintosamente maior do que a sua real importância. Fora dos limites do rebanho católico, o sumo pontífice é hoje um defunto político, arrastado por aí como um Quincas Berro D´Água por essa cultura do espetáculo.
É compreensível. A possibilidade de receber um líder iluminado, cujas palavras brotam com um lastro raro de sabedoria e densidade política, é tentadora para qualquer grupo humano. No caso de Bento 16, infelizmente, esse ritual está mais para claque de programa de auditório (“Devo excomungá-los, Lombardi?!”). O poder político do papa hoje é comparável ao do Rei Momo.

Não se trata de menosprezar a Igreja Católica. A questão é que a figura do papa, ao longo do tempo, cresceu e ultrapassou as fronteiras do catolicismo e da própria religião. Nessa linha, pode-se dizer que João Paulo II foi, a rigor, o último papa. Pelo menos, aquele com ascendência suficiente para influenciar um evento histórico como a queda do Muro de Berlim, que mudou o mundo. Bento 16 não tem a menor chance de afetar nem a novela iraquiana.
Não é culpa dele. Essa liderança já vinha se desmilingüindo no papado anterior, o que João Paulo II compensou com um carisma incomum e uma força missionária estupenda.

Peregrino incansável, aquele foi um papa que colocou, por assim dizer, o espírito na sola dos pés.
O papa está perdendo importância no mundo, assim como outros personagens, como o secretário-geral da ONU, vão ficando para trás na hierarquia das lideranças. Nada demais, apenas a roda da História reciclando seus símbolos. O que constrange é a sociedade insistir em idealizar um mito empalhado.

O resultado é uma onda de hipocrisia inundando o debate público como há muito não se via no Brasil. A questão do aborto, por exemplo, sempre delicada, tem sido debatida há pelo menos vinte anos à luz do dia, longe dos tabus, incorporando responsavelmente as questões de saúde da mulher e planejamento familiar – se não na lei, pelo menos na cultura. O país inclusive se debruça hoje sobre uma novíssima geração de desafios éticos, como o uso de células embrionárias para pesquisa de novas terapias. Parece inacreditável que, a essa altura, volte-se de repente a falar do aborto como sacrilégio ou não sacrilégio, num revival medieval de carona no papamóvel.

A bênção, Bento 16. Seja bem-vindo, santo padre. Mas que sua visita nos poupe de discutir se pegar na mão das moças e dançar de rosto colado é pecado venial. O purgatório é para outro lado.
PS: Adolescentes, divirtam-se enquanto é tempo.


Publicado por Guilherme Fiuza - 13/05/07 12:01 AM

segunda-feira, maio 14, 2007

O Melhor e o Pior da TV aberta no Brasil

Criticas nunca são bem-vindas, mas ainda assim necessárias. Por isso, vamos lá...

O Pior


1- Luiz Gasparetto Encontro Marcado, (Rede TV)

Quem aprecia salada de frutas conceitual, tá ai a pedida do dia. Feito sob medida pras donas de casa deprimidas e infelizes, mistura todo tipo de conselho pré moldado do tipo " vc precisa se gostar" ou o cliché máximo "não deixe as pessoas te pisarem". Com pitadas de psicologia de botequim, auto ajuda surrada e espiritismo-mediúnico de gaveta Gasparetto( é com dois "tes" mesmo) se entrega ao ridículo abisal falando como se seus conselhos valessem ouro e ele tivesse a vida mais feliz da terra ou ainda fosse o mais bem resolvido dos seres humanos.

Nota 0!


2-Gilberto Barros ( Boa Noite Brasil-Band)

Alguém aguenta esse cara?? Voz imitação do Silvio Santos, conteúdo nulo e aquela cara de "seriedade" ao entrevistar uma celebridade de 4°categoria que é tratada com todo "respeito e consideração"...poupemos e vá pra um Spá!


3-Sonia Abrãao -A Tarde é Sua(Rede TV)

Mais um trocadilho infeliz, quem sabe o valor de uma tarde não fica na frente da TV e muito menos assiste esse pseudo jornalistico com embalagem de "variedades"( que hj em dia significa nada+ nada)

Sônia, que sem dúvida é uma jornalista, não tem a mínima redéa da atração que se perde em assuntos tão rasos e insignificantes que dá par ver na cara dela o "animo e orgulho" pela atração.

Exceção feita aos merchas feitos com alegria ímpar.

O pior mesmo acontece quando ela e os "parceiros"( PA, ex BBB não sei que edição + um psicólogo!) se juntam para comentar, analisar( uau!) e prever futuros para os BBBs...Sem Comentários


4- SBT - Não se apegue a nenhuma ( eu disse nenhuma) programação desse canal, honrosa excessão feita ao chatissimo e mongolóide Chaves que nunca vai sair da grade de exibição.

No SBT qualquer programação que não agrade "o patrão" deve ser eliminada e ai está o erro craso; ceder aos caprichos e variações de humor de Silvio Santos e não ao gosto do público.

A sensação pra quem assiste ao SBT é o da indecisão crônica e de uma falta de comando sem precedentes como se ninguém realmente pensasse ali dentro, por exemplo:Cine Belas Artes exibindo "Uma Linda Mulher"! é mole?? E o que dizer das séries enlatadas e dos remakes de novelas mexicanas do tipo enche linguiça?

O único que se salva alí é o pobre do Celso Portioli que parece levar tudo numa boa; é jogado de atração em atração sem reclamar e tem seu talento disperdisado em 1578 programas de auditório pra lá insossos.

É por isso que eu digo, quem é 2° lugar sempre vai ser 2°lugar...


5- Faustão( Rede Globo)

Pertencente a um gênero desvastado e portador de uma impaciência generalizada, Faustão se irrita e irrita os telespectadores que notam o visível desequilibrio entre ele e sua produção. O pior vêm ao tentar consertar frases mal construídas ou elogiar quem não merece.
Já era...


O Melhor



1- Penélope Nova (Ponto Pê -MTV) é um refresco no meio de tanta idiotiçe e falsidade. Nas noites de sexta-feira a multi tatuada e cômica Penélope Nova comanda o divertido e didático "Ponto Pê" na MTV. O trunfo da atração é não parecer tia dando aula de sexo, mas sim uma amiga mais experiente dando dicas e aconselhando (Alias, ali não é lugar de carolices)

E só. Pê não julga as situações; analisa, pensa junto com o telespectador e ai está toda graça; ser imparcial, rasga o verbo sem dificuldades e sem receios, e para aqueles que pensam que moça é a ás do sexo, se enganam; Pê não é fã de orgias como sua aparência possa indicar e segundo ela é caseira e mulher de um homem só. Parafraseando a mesma" Que bom!"

Coerente, antenada e centrada.



2- Cátia Fonseca -Mulheres ( Gazeta-SP) Mesmo estando numa emissora minúscula, Cátia não perde seu charme e bom humor. Mais conhecida do grande público por ter substituído Ana Maria Braga no programa Note & Anote" da Record, Cátia é a simpatia e o bom senso em pessoa.Na culinária é imbatível e até na fofoca( seguida por Mamma Bruschetta.) se mostra uma excelente comunicadora.

Diverte e informa sem enrolação

domingo, maio 13, 2007

Homem Aranha 3!!!






Ainda vale a pena ver o aracnídeo na telona, mesmo com o excesso de efeitos especiais e um pequeno "deslize" no roteiro que o deixou fantasioso demais.
Tobey Maguire ainda segura o foguete em ser Spider man que se mostra um filme redondo e bem produzido.
Pros fãs incondionais que esperavam ver o dark side do herói , essa é a chance.

Recomendo!
Nota 8.5

Abs