domingo, setembro 23, 2007

A essência do homem


Basta um eclipse para percebermos a nossa mais profunda fragilidade.
Por alguns minutos nossos conceitos são rapidamente postos em cheque; e se tudo permanecer escuro? e se a luz não voltar, seria o fim de tudo?
O frio que toca a pele e a penumbra são um prenúncio de que algo não vai bem.
O universo em conjuntura se alinha em contraste com o nosso frágil coração que bate acelerado.
Se tal fenômeno fosse definitivo, em questão de dias morreríamos de frio, de fome, todos nós, os seres humanos, ricos, pobres, brancos ou negros.


O que podemos contra as chuvas ou o vento? e se as mares nos tomam, o que fazer? e se a terra sob nossos pés treme, a quem podemos reclamar ou imputar algo?
Por mais fatalista que possa parecer, é importante refletir sobre a essência do homem e suas parcas qualidades. Somos pó em forma humana que rapidamente se perde, que depende intrinsecamente da luz, da água e do calor.
Se nos é retirado o fôlego, a alma volta ao Criador e ao pó voltamos, sem direito a indagações e protestos. Findo nosso tempo, partimos e nada levamos daqui.

O grande questionamento é : o que são nossas lutas, brigas e contendas debaixo do sol que não geram efeitos duradouros?
E o que significa essa eterna guerra de ânimos em relação as constelações por exemplo?
Quando olhamos pro céu não percebemos nossa pequenês, uma cegueira nos toma abastecida pelo nossa pretensão de acharmos que somos algo de suma importãncia.Ledo engano; se deixarmos de existir, o universo continua a existir de forma completa
Nossa alma de origem infinita e agora decaída insiste em querer voar ou em fazer atos dignos de super-heróis que se mostram impossíveis.


Por fim, nossa essência de homem se rende ao Criador de onde provém todas as coisas e percebe que para ser feliz e se sentir completo é preciso recuar e de alguma forma descansar na certeza de que nada se é, e de que nada se leva desse louco e incerto mundo.

abs a todos COMENTEM