sábado, abril 29, 2006

Nascidos no Séc.XX, preparados para o Séc.XXI?



Nesta semana estava tendo uma aula de filosofia aplicada á publicidade e discutíamos a história do pensamento moderno, até certo ponto uma aula interessante...rsrsrs
A questão que me intrigou foi quando o prof disse “Vcs nasceram no século passado, mas vão viver no Séc. XXI...” Aquilo caiu como uma pedra na cabeça.
Explico.
É bem obvio que o tempo passa quer vc o aproveite ou simplesmente o desperdice, decisão de cada um, mas os flash que tenho da década de 80 ( nasci em 81) tem me assombrado.
Assistíamos a Xuxa, gostávamos (digo no sentido amplo) de guaraná Marajá, comíamos bala Sete Belo, fazíamos ligações no telefone de ficha( aquele vermelhão mesmo!) numa época em que ter um telefone em casa era algo raro.
Ainda sinto o cheiro da escola Adventista onde fiz todo o primário até a 8ª série, do mimiógrafo cheirando a álcool e aquelas provas ainda úmidas, das aulas de educação física e das “capelas”.
Também me lembro daquelas roupas hiper coloridas que, hoje, todo mundo tenta esconder (eu tbém...rsrsrs), sem esquecer dos filmes dos Trapalhões que nos levavam a ficar horas nas filas do Cine Bandeirantes e do novíssimo Cine Goiabeiras.
É, nossos pés estão fincados no passado, numa época agora amarelada na memória em que realidade e fantasia se misturam de forma quase proporcional (He-man, She-Ra, Caverna do Dragão, os Smurffs ainda estão lá pra contar).
Sei que estou sendo um pouco fetichista do tempo...Mas me parece que é tudo que temos....
A década de 90 passou como um raio. Época em que vimos pela 1°vez um computador e toda a explosão dos celulares, inaugurados pelo “Motorola tijolão”...usamos Pakalolo e as mochilas Company eram simplesmente tudo.
Hoje tudo parece muito estranho, muito.
Então me vêm à pergunta: Estamos prontos para o Sec.XXI? O séc que pede que sejamos mais competitivos, individualistas, e autocentrados, que considera a tecnologia a grande salvadora?
Como aceitar tantas barbáries num séc que não nos pertence e que nos joga pra longe do que realmente somos?

PRA PENSAR.